O que priorizar num selim para pedaladas entre 20 e 50 km
Se você pedala trechos de 20 a 50 km (uma distância que exige conforto, mas que também pode demandar bom desempenho) — para um ciclista homem — estes são os principais critérios que vale observar ao escolher o selim:
1. Largura e suporte dos “íscios” (sit-bones)
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É importante que o selim apóie bem os seus “sit-bones” (ossos de sentar, ou tuberosidades isquiáticas), ao invés de esfregar ou pressionar excessivamente a região perineal.
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Medir a largura dos isquios ajuda a escolher o selim adequado.
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Um selim muito estreito pode deixar os ossos “pendurados” ou fazer você deslizar para frente; muito largo pode causar atrito ou desconforto lateral.
2. Forma, perfil e recorte para aliviar pressão
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O perfil do selim (plano vs curvo, nariz longo vs curto) deve combinar com sua posição de pedalada (mais inclinado ou mais ereto).
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Muitos selins trazem um “cut-out” ou canal central para aliviar pressão na região perineal, algo que para homens em pedaladas mais longas pode fazer diferença.
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Atenção: mais “acolchoamento” nem sempre equivale a mais conforto — se o selim afunda demais ou pressiona indevidamente, pode piorar a sensação.
3. Ajuste e posição correta
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Mesmo o melhor selim “do mundo” pode dar dor ou desconforto se não estiver bem ajustado.
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Altura correta do selim: seu pé no pedal em baixo (às vezes usando o calcanhar no pedal para teste) deve ter o joelho quase estendido — não completamente rígido.
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Ajuste “fore/aft” (frente/trás) do selim: quando o pedal está às 3 h, o joelho deve ficar aproximadamente sobre o eixo do pedal ou ligeiramente à frente.
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Inclinação do selim: normalmente é melhor deixá-lo mais ou menos nivelado; inclinar demais o nariz para baixo ou para cima pode causar escorregamento para frente/back ou pressão nos pulsos.
4. Tipo de uso e perfil de pedalada (20-50 km)
Para pedaladas de 20 a 50 km, você está em uma categoria “meio-termo” entre lazer/urbano e treino mais intenso — logo:
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Um selim que ofereça conforto e suporte — ou seja, não tão macio que afunde e desequilibre, nem tão “rígido” que só sirva para competição.
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Um material de acolchoamento intermediário (espuma de boa densidade) costuma funcionar melhor do que gel super-mole, que pode compactar e gerar pontos de pressão.
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Como você vai pedalar distâncias com certa duração, a ergonomia, alívio de pressão e suporte aos isquios são importantes para manter o conforto até o fim.
5. Conforto personalizável e considerar “teste”
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A sensação varia muito individualmente: o que funciona para um ciclista pode não funcionar para outro.
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Se possível, vá a uma loja de bicicletas que permita “testar” selins ou ter um banco de selins variados.
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Use calças de ciclismo com boa almofada (chamois) para eliminar variáveis extra (roupa inadequada pode incomodar e mascarar o problema do selim).
6. Outras considerações práticas
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Combine o selim com sua posição de ciclismo: se seu poste de guidão está bem alto então você estará mais ereto → talvez um selim mais largo com perfil mais confortável. Se você está mais inclinado (bike de estrada, postura agressiva) → selim mais estreito, perfil mais plano.
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Verifique os trilhos (rails) e materiais: para uso “normal” 20-50 km não precisa de selim top de linha ultra-leve/carbono, mas sim bom suporte e durabilidade.
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Após instalar o selim, reserve alguns pedais para “quebrar” ou adaptar — às vezes a posição precisa de pequenos ajustes (altura, tilt, frente/trás).
Em resumo
Para você, que está fazendo pedaladas de 20 a 50 km, os três “Pilares” que devem primar são:
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Adequação anatômica → largura correta para seus isquios, recorte (cut-out) se necessário.
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Boa posição → altura, avanço/recua, inclinação bem ajustados para evitar desconforto.
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Equilíbrio conforto/desempenho → não muito gel “mole”, não selim de corrida extremo; algo que suporte esse tipo de uso intermediário.

