O governo no Nepal impôs um banimento nacional a plataformas como Facebook, X e YouTube por não se registrarem junto às autoridades, uma tentativa de "combater" contas falsas, discurso de ódio e desinformação. Essa medida foi vista amplamente como censura e desencadeou uma onda de revolta entre os jovens. Parece até que é Brasil, não é mesmo?
Estudantes e jovens, frustrados há tempos com corrupção, nepotismo e falta de oportunidades, reuniram-se em protestos massivos. A mobilização foi rápida e espontânea, apelidada de “Protesto da Geração Z".
As manifestações, concentradas em Kathmandu e em outras cidades como Itahari, Pokhara, Biratnagar e Bharatpur, evoluíram para confrontos violentos com as forças de segurança. A polícia reagiu com gás lacrimogêneo, balas de borracha e disparos reais. Pelo menos 19 pessoas foram mortas, e dezenas de outras ficaram feridas.
Manifestantes invadiram o parlamento e outros edifícios governamentais, queimando-os. O edifício do International Convention Centre (atual sede do Parlamento) foi destruído em meio à violência.
O primeiro-ministro Khadga Prasad Sharma Oli renunciou em 9 de setembro como resposta à pressão popular, embora tenha permanecido como líder interino. O ex-ministro do Interior, Ramesh Lekhak, também renunciou, assumindo responsabilidade moral pelos eventos.
A revolta da Geração Z no Nepal, entre os dias 8 e 10 de setembro de 2025, foi desencadeada por um banimento de redes sociais, o estopim para manifestações já alimentadas por anos de frustração com corrupção, nepotismo e oportunidades limitadas. Os protestos foram violentos, deixando dezenas de mortos, feridos e destruição de prédios públicos e privados. O primeiro-ministro renunciou, o exército assumiu o controle das ruas e agora paira a incerteza, mas com uma nova geração determinada a mudar o rumo político do país.
